Filed under: FIM DE SEMANA
este uikend:
– comprar: 800 g de bacalhau; 400 g de pão de forma; 2 dl de leite; 4 dentes de alho; 2 cebolas; 1 dl de azeite; 1 folha de louro; 750 g de cenoura ralada; 8 dl de molho béchamel; 1 c. de sopa de pão ralado; sal; pimenta; noz-moscada e pão ralado.
– tentar: com recurso a mezinhas, pedidos a santos e rezas várias, que isto não fique uma valente merda.
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cerca de 19°10’0.68″N 69°16’29.41″W. cerca.
voilá. quando às 11 e tal da noite o cérebro me diz que o trabalho está feito e que é só ir fazer a mala. pa pi mal. arrumar a máquina fotográfica, os calções, as calças para o trekking, o protector pó sol. gonaives, la citadelle, labadie, cap haitien. desta vez por terra, sem ter que tirar as fotografias lá do alto. boas páscoas.
et voilá, o dois mil e nove já cá canta e á porté une féte simpática com gente para ir mergulhar et faire des caminhadas bóku d’interessant. á porté aussi une casa nova, com o terraço cheio de “sofás” – desolado pelo estrangeirismo. il y a de la internet e de la securité – que por estes lados nés pá de pedir pouco. e avec las autres “amenidades” – outro estrangeirismo – que nos permitem de aller a banhos e de faire bóku de desportos. não está mal, rien de mal. e se confirme, je pedi les papas e le descanse avec unes poucas de passas mas pas ancore vi resultados. à la ressaque das misturas de trés bon champagne com mauvaise vinho com duvidoses margarittas com pouco professioneles rums, famosos, sours e já nem sei plus de quoi, veio a visita de um messieur muito trés important persone que nos fez andar de ici para lá bas pelo país a fora. avec les carros blindados, les escoltas de la police e du exército, les motas a apitar para nos faire passar, les helicópteros xpto só pá gente. daquelas merdes que recanté ninguém acredite pas e que portante ficam só assim nestas linhas que propositadament vão parecer des balelas. não foi amusant, nem agradável, foi seulment tenso e du travail. mas aujourd’hui pelas quatro da tarde le messieur lá voltou a entrar no avião e ufff… quel alívio!! a chegar a chez moi, pela premiere fois tive comidinha como deve de être para comer, que a senhora até pasta sabe preparer. un mime. aussi, hoje ao fim da tarde caíu une grande chuvada – il pleut, para apagar o calor. à l’instant, oui, o je sente-se o verdadeiro, completo, vraiment próprio do emigra. parce que emigra que é emigra e ne mescla paz le francês com o português c’est toujours un emigra duvidoso. sa se bien. boku miou. já vai ser plus fácil de pedir les bolas de berlim dans les pastelarias au genebra. bo náné dois mil e neuf. o je vos deseja que vous et lui même encontrez tout le que merecem. mmux
como o nuñez gosta é de ilhas e praias, passou o dia a encaixotar as tralhas. falta uma semaninha para voltar a ver o mar. guilherme, bela ideia, esqueceste-te desta. deve dar uma bela boneca.
o segundo dos rounds de jantares, noitadas e conversas boas começou muito bem e continua bem. não me apetece ir embora quinta… mudar o bilhete?…
“haiti summed up just about everything that Graham Greene required in a foreign destination (…) it was distressed, tropical, ramshackle, overcrowded, poor and on the brink of civil war. it was governed by a bogeyman. it was famous for its brothels and its slums and its weird expressions of religious faith – catholicism and a mishmash of african ritual. (…) its ornate hotels were in a state of decay, yet there was enough alcohol available (…) the tourists had given up on it – too frightened. the only expatriates in the place were shady businessman and foreign ambassadors, with the requisite number of bored wives. Add to this voodoo, political tyranny, rum punch and sunshine, and the result is an agreeable and colorful horror”.
para actualizar o livro de Greene a 2008 só se precisava juntar à prole de expatriados “the UN and its humanitarian and development workers”. e estes “comedians” podem não ser dos melhores de se ler, mas resumem bem relações interpessoais nascidas de uma atractiva frase “comedy is meaningless but is at least a relief from misery and sadness”. risos nas piores das alturas fundaram relações que mantenho até hoje: durante dramas – menos complexos – das aulas de geoquímica, durante crises em timor, durante faltas das coisas mais básicas em vários sítios recônditos, durante as cheias no haiti. e quanto maior a tragédia, mais aguçada se torna a vontade de rebentar em risos – vontade matreira, bem escondida logo por baixo da flor da pele. “you need a sense of humor to believe in God, he says, but humor is also useful in Haiti”. “trade has failed, agriculture has failed, even rebellion has failed”.
não sei se o livro se recomenda, ainda não consegui perceber bem. mas lê-lo está-me a dar bastante prazer. imagino que “The Comedians” traduzido para “Os Comediantes” não seja tão apelativo.